Artículos

Experiências migratórias e intergeracionais sobre a amamentação no espaço familiar:
um estudo de representações sociais6

Experiencias migratorias e intergeneracionales con respecto a la lactancia materna en el entorno familiar:
un estudio de las representaciones sociales

Migratory and Intergenerational Experiences on Breastfeeding in the Family Space:
A Study of Social Representations


Michelle Araújo-Moreira1
Mirian Santos-Paiva2
Maria Natália Pereira-Ramos3
Polliana Santos-Ribeiro4
Jéssica Suellen Barbosa Mendes-Ramos5

1 orcid.org/0000-0002-6998-8665. Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil. mamoreira@uesc.br

2 orcid.org/0000-0003-4399-321X. Universidade Federal da Bahia, Brasil. mirian@ufba.br

3 orcid.org/0000-0002-8448-1846. Universidade Aberta de Lisboa, Portugal. natalia@uab.pt

4 orcid.org/0000-0002-8041-0231. Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil. polli.enfa@icloud.com

5 orcid.org/0000-0003-0081-5325. Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil. jsuellen7@gmail.com

6 Projeto de pesquisa intitulado "Experiências trigeracionais sobre a amamentação em famílias de migrantes: um estudo de representações sociais", financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Recebido:04/05/2018
Submetido: 15/06/2018
Aceito por pares: 04/08/2018
Aceito: 28/08/2018

http://dx.doi.org/10.5294/aqui.2018.18.3.4

Temática: promoção e prevenção.

Contribuição para a disciplina: este estudo contribui para a ciência da enfermagem e saúde das mulheres migrantes no contexto nacional e internacional, no que tange à amamentação de seus filhos, por possibilitar que possamos, enquanto profissionais da área da saúde, compreender as migrantes em suas experiências, narrativas, projetos, sonhos e cultura; além disso, possamos atuar sobre crenças, valores, mitos e tabus que atravessam gerações dentro do ambiente familiar e impedem ou dificultam a amamentação plena. Ademais, as representações sociais sobre a amamentação nas distintas gerações podem sofrer modificações, especialmente quando as mulheres vivenciaram o processo de migração geográfica e/ou afetiva, o que resulta em novos constructos ao longo do tempo. Nesse sentido, a equipe de saúde e os profissionais de áreas afins podem oportunizar que novas redes de apoio à amamentação sejam formadas para permitir que as mulheres migrantes e de diferentes gerações desenvolvam essa prática com êxito e satisfação, ultrapassando as dimensões do biológico em direção à importância da cultura, da parentalidade e da família.

Para citar este artigo / Para citar este artículo / To reference this article : Moreira MA, Paiva MS, Ramos MNP, Ribeiro PS, Ramos JSBM. Experiências migratórias e intergeracionais sobre a amamentação no espaço familiar: um estudo de representações sociais. Aquichan. 2018; 18(3): 287-297. doi: 10.5294/aqui.2018.18.3.4


RESUMO

Objetivos: analisar as experiências intergeracionais de mulheres migrantes da mesma família sobre a amamentação; apreender as representações sociais dessa população ao longo das gerações sobre a experiência de amamentar. Material e métodos: trata-se de uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, e realizada com 63 mulheres da mesma família e de diferentes gerações, 21 tríades no total. Utilizou-se, para a coleta dos dados, o Teste de Associação Livre de Palavras e, para a análise destes, o software Tri-Deux-Mots. Resultados: para as mulheres migrantes, a prática de amamentar permanece atrelada a benefícios fisiológicos e emocionais para o filho, exigindo abnegação e satisfação. No período de amamentação, as mulheres que se deslocam para novos territórios são mais vulneráveis em decorrência da adaptação geográfica, sociocultural e afetiva a que serão submetidas. Ressalta-se que o processo migratório pode influenciar na amamentação e estar na origem de conflitos de maternagem, especialmente entre gerações mais jovens, pois estas necessitam de referências familiares que, muitas vezes, permanecem distantes ou ausentes. Conclusões:constata-se que a diversidade sociocultural e o território influenciam grande parte das mulheres migrantes que amamentam, tornando-se necessário compreender os determinantes regionais e culturais, e as influências familiares e geracionais que permeiam esse processo.

PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento materno; relação entre gerações; migração humana; saúde da mulher; enfermagem (Fonte: DeCS).

RESUMEN

Objetivos: analizar las experiencias intergeneracionales de mujeres migrantes de la misma familia sobre la lactancia; se aprehende las representaciones sociales de esa población a lo largo de las generaciones sobre la experiencia de amamantar. Material y métodos: investigación cualitativa, fundamentada en la Teoría de las Representaciones Sociales y realizada con 63 mujeres de la misma familia y de diferentes generaciones, 21 tríadas en total. Se utilizó, para la recolección de los datos, la Prueba de Asociación Libre de Palabras y, para el análisis de estos, el software Tri-Deux-Mots. Resultados: para las mujeres migrantes, la práctica de amamantar permanece ligada a beneficios fisiológicos y emocionales para el hijo, exigiendo abnegación y satisfacción. En la lactancia, las mujeres que se desplazan a nuevos territorios son más vulnerables como consecuencia de la adaptación geográfica, sociocultural y afectiva a la que serán sometidas. El proceso migratorio puede influir en la lactancia y estar en el origen de conflictos de maternidad, especialmente entre generaciones más jóvenes, pues estas necesitan referencias familiares que, muchas veces, permanecen distantes o ausentes. Conclusiones: la diversidad sociocultural y el territorio influencian gran parte de las mujeres migrantes que amamantan, y es necesario comprender los determinantes regionales y culturales, y las influencias familiares y generacionales que permean ese proceso.

PALABRAS-CLAVE: Lactancia materna; relaciones intergeneracionales; migración humana; salud de la mujer; enfermería (Fuente: DeCS).


ABSTRACT

Objectives: To analyze the intergenerational experiences of female migrants from the same family on breastfeeding; to grasp the social representations of this population over the generations about the experience of breastfeeding. Material and methods: This is a qualitative research based on Social Representations Theory and carried out with 63 women from the same family and from different generations, 21 triads in total. For the data collection, the Free Word Association Test was used and, for the analysis of these, the Tri-Deux-Mots software. Results: For migrant women, the practice of breastfeeding remains tied to physiological and emotional benefits for the child, requiring self-denial and satisfaction. In the breastfeeding period, women who move to new territories are more vulnerable due to the geographical, sociocultural and affective adaptation to which they will be subjected. It should be emphasized that the migratory process can influence breastfeeding and be the cause of maternal conflicts, especially among younger generations, since they require family references that often remain distant or absent. Conclusions: Socio-cultural diversity and territory influence the majority of breastfeeding migrant women, making it necessary to understand the regional, cultural, family, and generational influences that permeate this process.

KEYWORDS: Breastfeeding; intergenerational relations; human migration; women's health; nursing (Source: DeCS).



Introdução

A amamentação, processo complexo que envolve aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais, econômicos e políticos, quando vivenciada pelas mulheres, requer modelos que sirvam de base teórica e prática, na maioria das vezes, calcados na cultura e na relação familiar e na linearidade geracional (1).

Assim, determinadas práticas de cuidado aprendidas em suas culturas juntamente com o fenômeno migratório podem influenciar os modos de significar, de atuar e nutrir das novas gerações, proporcionando novas simbologias no seio familiar.

Percebe-se, no cenário internacional, que o processo de migração advém do contexto da globalização, momento em que os contatos interculturais entre as sociedades de origem e de acolhimento ocorrem, com especial destaque para a prática da amamentação. Nota-se uma vulnerabilidade ampliada nas mulheres migrantes que amamentam, pois estas terão que se adaptar a uma nova cultura e a um novo constructo sobre a amamentação, o que evidencia a relevância social e científica da temática.

Para tanto, torna-se necessário compreender a dialética de ensino, aprendizagem e transmissão entre as gerações, e atentar para as relações coletivas e individuais das mulheres durante a amamentação, seja no contexto internacional, seja no nacional (2-3).

Entender o fenômeno da amamentação no contexto migratório, intergeracional e familiar em um país multicultural como o Brasil é de fundamental importância, especialmente em regiões mais carentes como o Nordeste, berço de processos de aculturação, no que tange ao constructo sobre a amamentação, bem como local de migração interna e externa como mecanismo de melhoria da qualidade de vida.

Além disso, a coexistência e a coabitação, cada vez mais frequente, entre diferentes gerações de mulheres que migraram na modalidade intermunicipal e interestadual, e amamentaram independentemente do tempo e da quantidade de filhos, oportunizam que existam influências familiares diferentes sobre a prática do amamentar. Sabe-se que o envelhecimento da população brasileira amplia a proximidade entre as gerações e que o deslocamento geográfico e afetivo do local de origem para o local de acolhimento em busca de novas oportunidades permite que as mulheres migrantes e de gerações distintas possam se ajudar mutuamente na experiência da amamentação.

Nessa perspectiva, pesquisar questões geracionais e migratórias associadas à amamentação oportuniza analisar as experiências e trocas intergeracionais ancoradas nos aspectos sociais, culturais, geográficos e históricos, valorizando a subjetividade de cada mulher (4).

Dessa maneira, reafirma-se como objeto de estudo: as experiências intergeracionais sobre a amamentação entre mulheres migrantes da mesma família. A partir disso, questionam-se: como mulheres migrantes da mesma família e de gerações distintas representam a amamentação? Quais os mecanismos culturais e de solidariedade intergeracional existem na amamentação por mulheres migrantes da mesma família? Como as relações de afeto, separação e conflito contribuem para a manutenção ou suspensão da amamentação entre mulheres migrantes da mesma família?

Diante disso, definiram-se como objetivos deste estudo: analisar as experiências intergeracionais de mulheres migrantes da mesma família sobre a amamentação e apreender as representações sociais de mulheres migrantes da mesma família ao longo das gerações sobre a experiência de amamentar.


Material e métodos

Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, por valorizar as simbologias, os significados e o padrão de herança familiar dessa prática, na perspectiva intergeracional.

O estudo contou com a participação de 63 mulheres, ou seja, 21 tríades no total. A seleção das depoentes foi realizada na modalidade Snowball (Bola de neve), através de critérios de inclusão: ter filha e neta (1a geração), mãe e filha (2a geração), mãe e avó materna ou paterna (3a geração) que amamentaram ou amamentam, independentemente do tempo de amamentação e da quantidade de filhas(os); residir no município de Ilhéus (estado da Bahia) ou em cidades do entorno; ter migrado internamente no país ou ter migrado na modalidade internacional na condição voluntária; possuir laço de consanguinidade e/ou afetividade com as mulheres da mesma família e de gerações diferentes, a exemplo de mãe adotiva, avó adotiva ou sogra; ter convivência com as mulheres da mesma família e de diferentes gerações; ter situação de migração em pelo menos uma geração de mulheres da mesma família. Em consequência, os critérios de exclusão foram: ser uma refugiada; não ter capacidade civil plena; não ter amamentado; ter migrado na modalidade de domicílio; ter uma convivência esporádica entre as mulheres da mesma família.

Destaca-se que, na modalidade Snowball, as participantes iniciais do estudo eram escolhidas com base nos critérios de inclusão e estas indicavam novas participantes que se enquadrassem nos mesmos critérios definidos anteriormente, até que fosse alcançado o ponto de saturação dos conteúdos teóricos.

O estudo foi realizado no município de Ilhéus (estado da Bahia, Brasil). A escolha por essa cidade caracterizou-se por ser local de constante migração para mulheres de outros países, regiões, estados e municípios juntamente com seus familiares, que passaram ou passam pela experiência da amamentação.

A coleta dos dados foi realizada no domicílio entre março e maio de 2016, em dia, horário e local determinados pelas depoentes, e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Utilizou-se a Técnica de Associação Livre de Palavras (Talp) com todas as tríades em ambiente privativo, livre de ruídos externos, e entregou-se uma folha de resposta específica, que foi preenchida individualmente por cada participante e, na impossibilidade de esta efetuar o registro, este foi realizado pelas pesquisadoras, por se tratar de um grupo com vulnerabilidades, a exemplo da baixa escolaridade. Sabe-se que o Talp é uma técnica projetiva que torna a estrutura psicológica dos sujeitos palpável, através das reações, das evocações e das criações (5).

Para a aplicação do Talp, a folha de resposta específica continha os seguintes estímulos indutores, através da expressão "Diga-me cinco palavras que vêm imediatamente à sua mente quando eu falo: 'amamentação', 'com quem aprendeu sobre a amamentação', 'influência da cultura da sua cidade sobre a amamentação', 'apoio da família na amamentação', 'troca de experiências sobre a amamentação com sua filha e neta', 'troca de experiências sobre a amamentação com sua mãe e filha', 'troca de experiências sobre a amamentação com sua mãe e avó', referente à primeira, segunda e terceira geração". A codificação das palavras ditas ou registradas pelas depoentes na folha do Talp foi organizada em um dicionário correspondente para cada estímulo por similaridade semântica e depois processada pelo software Tri-Deux-Mots. Os dados foram validados a partir da frequência máxima de evocações para cada estímulo e comparados com outras pesquisas nacionais e internacionais sobre a amamentação; os resultados do estudo foram devolvidos às participantes, através da divulgação em eventos locais.

Convém destacar que o projeto se encontra pautado nos princípios éticos da pesquisa que envolve seres humanos, definidos e regulamentados na Resolução n.° 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado sob o parecer n.° 1.459.882, validado através do cruzamento entre as variáveis fixas (escolaridade, geração, cor/etnia e religião) e as variáveis de opinião que consistem na resposta dos sujeitos aos cinco estímulos indutores. Isso permitiu maior aproximação ou distanciamento do campo representacional de um determinado objeto. Tal proximidade ou distância permanece representada nos eixos fatoriais (F1 e F2), momento em que as palavras aparecem acompanhadas de um número do estímulo que foi aplicado às depoentes. Por tratar-se de um estudo qualitativo, a validade se deu por meio da triangulação dos dados, embora, neste estudo, se apresentem o Talp e a utilização do software Tri-Deux-Mots no processamento da informação dada pelas depoentes de maneira interpretativa.


Resultados e discussão

As 63 participantes do estudo caracterizam-se por serem mulheres migrantes de três gerações diferentes. A grande maioria tinha ensino médio completo, era solteira, autodeclarava-se pela cor não negra e era adepta do catolicismo.

De posse do perfil, os dados provenientes do Talp foram processados pelo software Tri-Deux-Mots, a partir da Análise Fatorial por Correspondência (AFC), o que possibilitou o registro de 315 evocações. Dessas palavras, 66 foram diferentes para o estímulo 1, 58 para o estímulo 2, 102 para o estímulo 3 e 4, e 127 para o estímulo 5, reduzidas de acordo com a junção dos termos com similaridade semântica, conforme a Figura 1.

Figura 1. Plano fatorial de correspondência das representações sociais elaboradas por mulheres migrantes da mesma familia e de diferentes gerações sobre a amamentação

Fonte: dados da pesquisa, 2016.


Dessa maneira, percebe-se que as mulheres migrantes na modalidade interestadual e negras, correspondentes ao eixo F1( + ), demonstram que a prática da amamentação permanece atrelada ao campo do cuidado ao filho em decorrência dos inúmeros benefícios fisiológicos, motores, sensoriais e cognitivos (6). Além disso, proporciona maior vínculo entre mãe e filho com significativa melhoria na qualidade de vida (7).

Sabe-se ainda que, durante décadas, as mulheres negras amamentavam os filhos das mulheres brancas no intuito de que estas últimas mantivessem um padrão de beleza próprio da época. Naquele período, os senhores quase sempre preferiam que seus filhos fossem amamentados por suas escravas. Acreditava-se que elas eram mais saudáveis e remetiam força, além de produzirem leite mais forte, portanto mais saúde para seus filhos. Para tanto, tinham que ser dedicadas, o que se reflete nas representações das mulheres migrantes e negras nos dias atuais (8).

Por outro lado, visualiza-se que as mulheres migrantes não negras situadas no eixo F1(-) mantêm suas representações sobre a amamentação como uma prática de alimentação da criança centrada no prazer, mas também permeada por algumas dificuldades, o que revela a necessidade de doação e abnegação. Ao mesmo tempo, a amamentação é permeada por ambiguidades na própria experiência das mulheres migrantes, ou seja, felicidade por conseguir aleitar versus o surgimento de intercorrências mamárias. A ausência de conhecimento sobre a amamentação, a disseminação dos mitos ao longo das gerações, a própria mudança espacial e o fator sociocultural podem influenciar nas simbologias maternas a cada tempo social (9).

Assim, destaca-se que o exercício de amamentar durante o processo de migração pode trazer alterações no âmbito do pertencimento sociocultural, especialmente em cenários com crenças e valores distintos (10). Portanto, a amamentação se constitui em uma prática social e cultural, transmitida entre diferentes gerações como fruto de vivências individuais e coletivas (11).

No que se refere ao estímulo 2, as mulheres migrantes na modalidade interestadual e negras objetivaram que o aprendizado sobre a amamentação se desenvolveu no seio familiar, local predominantemente feminino, bem como nos hospitais com apoio das enfermeiras, através da influência midiática e da observação de outras mulheres que amamentavam.

Ademais, as mulheres migrantes sustentam o processo de aprendizado sobre a amamentação nas experiências e vivências de sua rede familiar, que fortalecem a prática de aleitar como ato cultural que se impregna de processos de deslocamento e saberes de modo intergeracional (12).

Portanto, esse processo de deslocamento territorial, a necessidade de adaptação geográfica e afetiva, o reconhecimento dos novos grupos sociais e a interação cultural podem influenciar na representação que essas mulheres possuem sobre a amamentação (13).

Embora as mulheres migrantes recebam orientações sobre o aleitamento materno durante todo o período gravídico-puerperal, muitas preferem não seguir as recomendações em virtude da importância atribuída às crenças familiares e à influência geracional nesse processo (14).

Por outro lado, as mulheres migrantes da 1a geração referiram que seu processo de aprendizado sobre a amamentação deuse a partir da observação e de leituras. Portanto, compreende-se que a aquisição do conhecimento adveio da vivência com suas mães, avós, vizinhas ou amigas que amamentaram. Entende-se que a experiência sobre a amamentação se desenvolve na rede familiar e social a partir da reprodução de saberes entre mulheres de diferentes gerações (10, 15).

Ademais, as leituras serviram como aprendizado para a amamentação, momento em que as mulheres migrantes utilizaram materiais instrucionais como livros e revistas para a ampliação do conhecimento (16).

Com relação ao estímulo 3, no fator F1(+) e F1(-), evidenciase que a migração interestadual influenciou positivamente na prática da amamentação de mulheres negras, pois reafirmou um modelo de aleitar como nutrição e, para tanto, utilizou-se do apoio familiar para fomentar tal simbologia. Contudo, as mulheres da 1a geração não negras revelaram pouca influência do processo de migração em virtude do contexto histórico e social do aleitar em suas épocas, centrado na figura do médico como fonte de poder e de conhecimento, denotando que essas mulheres não possuíam preparo suficiente para tal prática.

Dessa maneira, percebe-se que as migrações concatenam significações de ambientes diferentes, servindo como um mecanismo de proteção ou estresse (17-18). Essas mudanças e/ou rupturas espaciais propiciam a necessidade de incorporação de novas regras culturais, sociais, comunicacionais e de cuidados nas experiências da amamentação (10, 17).

No que tange ao estímulo 4, o apoio na amamentação se sustenta pelo afeto, pelo respeito e pelos ensinamentos, mas também pelas formas de reverter o despreparo das nutrizes com o auxílio e apoio de suas mães.

Verifica-se ainda que algumas mulheres migrantes percebem certo despreparo por parte de seus familiares quanto ao apoio recebido na fase da amamentação, o que contribui para a perpetuação de crenças, tabus e mitos que interferem na duração e permanência do aleitamento materno (19).

Por sua vez, nas evocações F1(-) das mulheres migrantes da 1a geração e não negras, a mãe é a principal figura de apoio dentro da família, o que pode ser justificado pela maior proximidade afetiva entre ambas. Essa relação afetiva contribui para o sentimento de confiança que a nutriz direciona à sua mãe, avó, sogra ou demais membros de sua conformação familiar.

O apoio ou ajuda é tido como mecanismo de proteção para essas mulheres, que se apresentam vulneráveis e despreparadas quanto aos manejos que envolvem a amamentação, principalmente as mais jovens. Contudo, existem casos em que a interferência familiar pode ser desfavorável à continuidade do aleitamento materno, sobretudo se pressionarem as novas mães (20).

Para o estímulo 5, percebe-se que a troca entre as gerações se ancora na observação, no apoio, na troca de informações, no cuidado e no entendimento sobre a amamentação como alimentação. Além disso, há uma valorização das experiências e da sabedoria das antigas gerações no intuito de compreender essa prática como algo prazeroso. Entretanto, a relação entre as gerações pode ocasionar conflitos, pois algumas mulheres podem apresentar uma aquisição de conhecimento "diferente" quando comparado aos saberes de suas mães e/ou avós.

Além disso, a observação coloca-se como elemento importante para a transmissão de conhecimento entre gerações, especialmente diante da coexistência ou coabitação entre a 2a e 3a gerações. O sucesso do aleitamento depende da criação de vínculo das mulheres migrantes com a equipe multidisciplinar bem comno da observação das formas de amamentar durante as consultas de pré-natal e/ou nas atividades educativas com materiais instrucionais e vídeos (21).

Em relação ao fator 2, apreende-se que as representações de mulheres migrantes da 1a geração e alfabetizadas para o estímulo 1, e mulheres migrantes da 3a geração, verificou-se que a amamentação se ancora na vinculação afetiva e de amor entre o binômio e de dedicação entre as mulheres das diferentes gerações. Cabe entender que o processo geracional envolve fenômenos que vão desde a posição familiar, partilhas sociais e históricas, até o mecanismo de agrupamento social e cultural.

Assim, a prática de amamentação para as mulheres migrantes da 1a geração e alfabetizadas aponta para a necessidade de se sentirem acolhidas e doar-se com vistas a proteger o desenvolvimento do filho, representação que perpassa o tempo e aparece na simbologia de mulheres migrantes da 3a geração quando estas afirmam que necessitam de doação e amor para que o processo aconteça com felicidade e vinculação.

Entende-se ainda que a amamentação traz inúmeras vantagens cientificamente comprovadas, dentre estas, o contato pele a pele e a criação do vínculo afetivo entre mãe e filha(o). Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses é fonte de alimentação completa para a criança, levando a benefícios como o crescimento e desenvolvimento adequados, à prevenção de morbidade como a anemia ferropriva, além da proteção contra doenças crônicas e infecciosas (22).

Portanto, a amamentação possui uma dimensão biológica, mas também emocional, econômica, sexual, psíquica e relacional. Algumas mulheres podem experienciá-la de forma positiva, através de sentimentos como alegria e prazer. Por outro lado, há outras mulheres que vivenciam a amamentação como um processo de proteção e doação nutricional para a(o) filha(o), esquecendose dos benefícios para si mesmas (23).

Quanto ao estímulo 2, verificou-se que o aprendizado sofre influência das condições socioeconômicas, culturais, das experiências pregressas individuais, do seu grupo de pertencimento familiar e da mídia (24). Nesse contexto, mulheres migrantes da 1a geração e alfabetizadas representam a amamentação como uma prática instintiva, embora se saiba que esta se constitui em uma ação fundamentada na subjetividade e no contexto geográfico e social da nutriz.

Em contrapartida, as mulheres migrantes da 3a geração representam o aprendizado da amamentação a partir de um componente social, cultural e midiático, momento em que atribuem a familiares e à mídia o seu processo de empoderamento, de autonomia, de autodeterminação, assumindo um maior controle sobre seu corpo e as formas que reproduzem suas relações (25).

Outro fator marcante para as mulheres migrantes da 3a geração refere-se à universalidade ao acesso midiático e às facilidades tecnológicas, tornando a amamentação uma prática influenciada por fatores como a televisão e a internet. Esses veículos de comunicação são mais acessíveis à população brasileira e, dessa forma, influenciam significativamente às mulheres de diferentes gerações (26).

Com relação ao estímulo 3, evidencia-se que a diversidade sociocultural e o território influenciam grande parte das mulheres que amamentam, por isso torna-se importante o conhecimento dos determinantes locais acerca do aleitamento materno, o que permitiria explicar e avaliar as mudanças nas simbologias (18).

Para as depoentes da 1a geração e alfabetizadas, a migração insere a família em determinados nichos ecológicos, que influenciam direta ou indiretamente seus membros, seja no desenvolvimento, seja, até mesmo, na saúde de modo a trazer benefícios ou dificuldades (27).

Por outro lado, as depoentes da 3a geração revelam que o processo migratório interfere pouco nas suas representações sobre a amamentação. Para essas mulheres, mesmo com a mudança de local, há uma preservação do constructo sobre o aleitamento materno em virtude do modelo cultural centrado no amor, na dedicação, na proteção e no prazer que foi disseminado pelas antigas gerações dentro do espaço familiar (17, 28).

Outro fator existente relaciona-se às mulheres que imputam à figura médica a responsabilização pelo aprendizado sobre a amamentação. Contudo, verifica-se que isso reflete o paradigma biomédico e dificulta que as migrantes percebam o aleitamento dentro do modelo assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS), que se pauta na integralidade (29).

Ressalta-se que, no estímulo 4, para as mulheres migrantes, a família constitui o primeiro referencial no processo da amamentação, razão pela qual há um reconhecimento positivo nas relações de afeto, cuidado e práticas transmitidas. No núcleo familiar, verifica-se um apoio para que o aprendizado entre as gerações aconteça a contento durante a amamentação (30).

Ademais, para as mulheres migrantes da 3a geração, a avó simboliza o apoio presencial, emocional e informativo durante a amamentação (11). As avós atuam como cuidadoras da família, dando maior atenção e carinho, dedicando seu tempo às filhas e às noras no período puerperal e passando informações adquiridas no seu convívio sociocultural (31). Esse conhecimento transmitido pelas avós pode ser contraditório quando comparado às informações dadas pelos profissionais de saúde, mas tem valor pela relação hierárquica e de afeto entre as mulheres da mesma família.

Por sua vez, a figura paterna começa a ser representada como fonte de ajuda no incentivo à amamentação. A participação do pai é considerada um dos motivos para a manutenção do aleitamento materno pelo apoio, pela divisão de tarefas ou pelo sustentáculo emocional, especialmente quando dividem a preocupação com a saúde dos filhos (32-33). Portanto, a inclusão do pai é importante para a ampliação de vínculos e aprendizado familiar sobre a amamentação (34). Verifica-se que os pais demonstram satisfação em cuidar dos filhos e apoiar a companheira na amamentação, especialmente quando os profissionais de saúde reconhecem suas ações e acertos (35).

Em seguida, no estímulo 5, as mulheres denotam grande importância ao apoio da família e principalmente as trocas que acontecem entre as gerações. Entende-se que as formas de comunicação entre as gerações influenciam a qualidade da relação familiar, as quais permitem que o indivíduo se realize como ser social. Por meio desses relacionamentos, os vínculos familiares se estabelecem, e os diferentes papéis geracionais são construídos com influências de gênero, socioeconómicas, culturais, de proximidade geográfica, de frequência de contato, dentre outras (36). Percebe-se, então, que os familiares representam uma rede de apoio social, principalmente as gerações mais antigas por estarem balizadas por conhecimento pregresso, sabedoria e tradição (37).

No convívio geracional, as mulheres migrantes da 1a geração e alfabetizadas demonstram que as relações familiares estão ancoradas nas trocas afetivas, no apoio ao aleitamento materno, mas também nas experiências com as gerações predecessoras.


Conclusões

As evidências demonstraram que, para as mulheres migrantes da mesma família e de diferentes gerações, a amamentação constitui-se como uma prática social, cultural e intergeracional construída a partir dos afetos, dos conflitos, das histórias e vivências compartilhadas e do conhecimento local. Nota-se que as condições socioeconômicas das mulheres migrantes associadas à vulnerabilidade do processo migratório permitem que a amamentação seja permeada por mecanismos de estresse e ansiedade decorrentes das mudanças geográficas, sociais e culturais.

Ressalta-se que, para as mulheres migrantes das gerações mais velhas, o processo migratório influenciou afetivamente menos em relação às gerações mais novas, devido ao contexto histórico e social de naturalizar a obrigatoriedade da amamentação e ao acompanhamento dos seus cônjuges em outros locais para a própria sobrevivência.

Evidencia-se ainda que as mulheres migrantes apoiam-se na figura da mãe, do médico e do hospital como elementos de suporte na amamentação, especialmente quando está em processo de adaptação cultural e espacial. Por fim, constata-se que a diversidade sociocultural e o território influenciam parte das mulheres que amamentam ou amamentaram mesmo que em épocas distintas.

Portanto, torna-se necessário compreender a influência da migração na prática da amamentação e atentar para os determinantes locais de cada região e para as representações históricas e culturais que são elaboradas cotidianamente. Nesse sentido, os profissionais de saúde, especialmente as(os) enfermeiras(os) como cuidadoras(es) diretas(os) desse processo, devem reconhecer a individualidade e subjetividade de cada mulher migrante, valorizando a sua cultura de origem e a de acolhimento, de modo que possam incentivar a amamentação na perspectiva da multi/ interculturalidade e da intergeracionalidade. Evidencia-se que a(o) enfermeira(o) pode atuar na rede de incentivo à amamentação da mulher migrante, principalmente na orientação sobre os cuidados com a mama e o desenvolvimento do bebê, ultrapassando a dimensão puramente biológica que permeia esse processo.

Ressalta-se que as limitações da pesquisa se centraram na escassez de estudos nacionais e internacionais sobre o tema com enfoque na intergeracionalidade e migração. Contudo, a representatividade teórica elaborada pelas pesquisadoras superou tais limitações em virtude do elevado referencial teórico levantado em bases nacionais e internacionais sobre amamentação, migração e geração. Ademais, o levantamento bibliográfico realizado para esta pesquisa abarca estudos publicados emrevistas indexadas de alta qualificação no Brasil e no exterior, trazendo aspectos na área da saúde e afins com destaque para a multi e/ou transculturalidade na amamentação. Destaca-se ainda que as pesquisadoras envolvidas nesta pesquisa possuem ampla experiência em produções científicas no âmbito nacional e internacional sobre a temática, especialmente em países como o Brasil e Portugal, o que pode ser validado no acervo bibliográfico utilizado para este estudo.

Conflito de interesse: nenhum declarado.



Referências

1. Moreira MA. Continuidades e descontinuidades intergeracionais sobre a experiência de amamentar: um estudo de representações sociais [tese]. Salvador: Universidade Federal da Bahia; 2011.

2. Rabelo DF, Neri AL. A complexidade emocional das relações intergeracionais e a saúde mental dos idosos. Pensando fam. 2014;18(1):138-53.

3. Camargo BV, Contarello A, Wachelke JFR, Morais DX, Picolo C. Representações sociais do envelhecimento entre diferentes gerações no Brasil e na Itália. Psicol pesq. 2014;8(2):179-88. doi: 10.5327/Z1982-1247201400020007.

4. Trickey H, Thomson G, Grant A, Sanders J, Mann M, Murphy S, Paranjothy S et al. A realist review of one-to-one breastfeeding peer support experiments conducted in developed country settings. Matern child nutr. 2017;14(1):1-15. doi: 10.1111/mcn.12559.

5. Nóbrega SM, Coutinho MPL. A técnica de associação livre de palavras. Em: Coutinho MPL, editor. Métodos de Pesquisa em Psicologia Social: perspectivas qualitativas e quantitativas. João Pessoa: Universitária; 2011. p. 95-106.

6. Silva CF, Nunes LM, Schwartz R, Giugliani ERJ. Effect of a pro-breastfeeding intervention on the maintenance of breastfeeding for 2 years or more: randomized clinical trial with adolescent mothers and grandmothers. BMC pregnancy childbirth. 2016;16(97):1-6. doi: 10.1186/s12884-016-0878-z.

7. Cetisli NE, Arkan G, Top ED. Maternal attachment and breastfeeding behaviors according to type of delivery in the immediate postpartum period. AMB rev Assoc Med Bras. 2018;64(2):164-9. doi: 10.1590/1806-9282.64.02.164.

8. Silva RR. O papel social das amas-de-leite na amamentação das crianças brancas na cidade de São Paulo no Século XIX. Anais do 7° Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional; maio 13-16; Curitiba, Paraná: Universidade Federal do Paraná; 2015, p.1-16.

9. Rocci E, Fernandes RAQ. Dificuldades no aleitamento materno e influência no desmame precoce. Rev bras enferm. 2014;67(1):22-7. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=267030130003.

10. Ramos MN. Migração, maternidade e saúde. Repertorio. 2012;18(1):84-93.

11. Moreira LA, Cruz NV, Linhares FMP, Guedes TG, Martins FDP, Pontes CM. Support to woman/nourisher in the advertising pieces of the World Breastfeeding Week. Rev bras enferm. 2017;70(1):55-64. doi: 10.1590/0034-7167-2016-0376.

12. Prates LA, Schmalfuss JM, Lipinski JM. Amamentação: a influência familiar e o papel dos profissionais de saúde. Rev enferm UFSM. 2014;4(2):359-67. doi: 10.5902/2179769210631

13. Santos ADO, Nascimento ML, Branco MBLR, Duarte MR, Pereira PC, Alves VH. Promovendo o aleitamento materno no alojamento conjunto: um relato de experiência. Rev enferm UFPE on line. 2014;8(7):2160-4. doi: 10.5205/reuol.5963-51246-1-RV.0807201443.

14. Silva NM, Waterkemper R, Silva EF, Cordova FP, Bonilha ALL. Conhecimento de puérperas sobre amamentação exclusiva. Rev bras enferm. 2014;67(2):290-5. doi: 10.5935/0034-7167.20140039.

15. Prado CVC, Fabbro MRC, Ferreira GI. Early Weaning from Breastfeeding from Mothers perspective: a dialogical approach. Texto & contexto enferm. 2016;25(2):1-9. doi: 10.1590/0104-07072016001580015.

16. Kalil IR, Aguiar AC. Protagonista da amamentação ou instrumento da política de saúde infantil?: a enunciação da mulher nos materiais oficiais de promoção e orientação ao aleitamento materno. Saúde Soc. 2016;25(1):31-42. doi: 10.1590/ S0104-12902016139049.

17. Ramos MN. Diversidade cultural, educação e comunicação intercultural — políticas e estratégias de promoção do diálogo intercultural. Rev Educação em Questão. 2009;34(20):9-32.

18. Santa GS, Giugliani ERJ, Vieira TO, Vieira GO. Factors associated with breastfeeding maintenance for 12 months or more: a systematic review. J pediatr. 2018;94(2):104-22. doi: 10.1016/j.jped.2017.06.013.

19. Frota MA, Mamede ALS, Vieira LJES, Albuquerque CM, Martins MC. Cultural practices about breastfeeding among families enrolled in a Family Health Program. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(4):890-6. doi: 10.1590/S0080-62342009000400022.

20. Frota MA, Lopes MF, Lima KF, Sales COCB, Silva CAB. Interfaces of the discontinuation of breastfeeding. Acta sci., Health sci. 2016;38(1):33-8.

21. Rodrigues AP, Padoin SMM, Guido LA, Lopes LFD. Fatores do pré-natal e do puerperio que interferem na autoeficácia em amamentação. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2014;18(2):257-61. doi: 10.5935/1414-8145.20140037.

22. Hooven EHVD, Gharsalli M, Heppe DHM, Raat H, Hofman A, Franco OH, Rivadeneira F, Jaddoe VWV et al. Associations of breast-feeding patterns and introduction of solid foods with childhood bone mass: The Generation R Study. Br j nutr. 2016;115(6):1024-32. doi: 10.1017/S0007114515005462.

23. Martins RMC. Mulheres aprendem com mulheres: diálogo intergeracional sobre a prática de amamentar e os cuidados com o bebê [tese]. São Carlos: Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina; 2012.

24. Chanani S, Waingankar A, More NS, Pantvaidya S, Fernandez A, Jayaraman A. Participation of pregnant women in a community-based nutrition program in Mumbai's informal settlements: Effect on exclusive breastfeeding practices. PLos ONE. 2018;13(4):1-17. doi: 10.1371/journal.pone.0195619.

25. Souza MHN, Nespoli A, Zeitoune RCG. Influence of the social network on the breastfeeding process; a phenomenological study. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2016;20(4):1-6. doi: 10.5935/1414-8145.20160107.

26. Motta-Gallo S, Gallo P, Cuenca A. Influência da televisão nos hábitos alimentares de crianças do Nordeste Brasileiro. Journal of Human Growth and Development. 2013;23(1):87-93. doi: 10.7322/jhgd.50396.

27. Ramos MN. A saúde da criança em contexto de pobreza e de exclusão — Novos desafios de políticas de inclusão. Rev Diálogo Educacional. 2006;6(17):65-83. doi: 10.7213/rde.v6i17.6728.

28. Vasquez J, Dumith S, Susin LRO. Aleitamento materno: estudo comparativo sobre o conhecimento e o manejo dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Modelo Tradicional. Rev bras saúde matern infant. 2015;15(2):181-92. doi: 10.1590/S1519-38292015000200004.

29. Gonçalves MRS. Ações de Promoção do Aleitamento Materno na Atenção Básica no Município de Ribeirão das Neves [dissertação]. Belo Horizonte: Centro Universitário UNA; 2013.

30. Emmott EH, Mace R. Practical Support from Fathers and Grandmothers Is Associated with Lower Levels of Breastfeeding in the UK Millennium Cohort Study. PLos ONE. 2015;10(7):1-12. doi: 10.1371/journal.pone.0133547.

31. Negin J, Coffman J, Vizintin P, Raynes-Greenow C. The influence of grandmothers on breastfeeding rates: a systematic review. BMC pregnancy childbirth. 2016;16(91):1-10. doi: 10.1186/s12884-016-0880-5.

32. Silva BT, Santiago LB, Lamonier JA. Apoio paterno ao aleitamento materno: uma revisão integrativa. Rev paul pediatr. 2012;30(1):122-30. doi: 10.1590/S0103-05822012000100018.

33. Machado MCM, Assis KF, Oliveira FCC, Ribeiro AQ, Araújo RMA, Cury AF, Priore SE, Franceschini SCC et al. Determinants of the exclusive breastfeeding abandonment: psychosocial factors. Rev Saúde Pública. 2014;48(6):985-94. doi:10.1590/S0034-8910.2014048005340.

34. Azevedo SJS, Santos FAPS, Vieira CENK, Mariz LS, Silva AN, Enders BC. Knowledge of man about breastfeeding. Acta sci., Health sci. 2016;38(2):153-8. doi: 10.4025/actascihealthsci.v38i2.28165.

35. Rêgo RMV, Alves e Souza AM, Rocha TNA, Alves MDS. Paternity and breastfeeding: mediation of nurses. Acta paul enferm. 2016;29(4):374-80. doi: 10.1590/1982-0194201600052.

36. Yamashiro JÁ, Matsukura TS. Apoio intergeracional em famílias com crianças com deficiência. Psicol estud. 2012;19(4):705-15. doi: 10.1590/1413-73722419312.

37. Prates LA, Schmalfuss JM, Lipinski JM. Social support network of post-partum mothers in the practice of breastfeeding. Esc Anna Nery. 2015;19(2):310-5. doi: 10.5935/1414-8145.20150042.



Inicio