Nonverbal Communication through Touch: Meanings for Physical Therapists Working in a Hospital Environment
DOI:
https://doi.org/10.5294/aqui.2019.19.4.2Palavras-chave:
Fisioterapeuta, percepção do tato, comunicação não verbal, linguagem corporal, cinésica, humanização da assistência.Resumo
Comunicación no verbal por medio del toque: significados para los fisioterapeutas que actúan en ambiente hospitalario
Comunicação não verbal por meio do toque: significados para fisioterapeutas que atuam em ambiente hospitalar
Objetivos: conhecer os tipos de toque mais utilizados e compreender seus significados para fisioterapeutas que atuam em ambiente hospitalar, na perspectiva de seus sentimentos, atitudes e comportamentos durante a assistência. Materiais e métodos: estudo de caso qualitativo realizado com fisioterapeutas que atuam em um hospital do Brasil. Para a coleta de dados, utilizaram-se como técnicas a observação participante e a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados segundo a análise temática de conteúdo proposta por Minayo. Resultados: participaram do estudo 16 fisioterapeutas e, da análise do material empírico, emergiram quatro categorias temáticas: toque instrumental como recurso fundamental da assistência fisioterapêutica hospitalar; toque expressivo: sua pouca presença não significa ausência de afetividade; sentimentos do fisioterapeuta relacionados ao toque e dificuldade em falar sobre o toque traduz deficiência na formação. Conclusões: a subutilização do toque expressivo revelou o desconhecimento e o despreparo na formação do fisioterapeuta que, somados à ausência de autoconhecimento, dificulta a afetividade e a criação de vínculos nas relações. Tudo isso justifica os raros estudos sobre o toque afetivo na saúde, o que traduz uma área a ser explorada e a necessidade de sensibilizar os profissionais para influenciar na qualidade e humanização da assistência.
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Jamarim MFM, Silva CZ, Lima GMPA, Siqueira CL, Campos CJG. Nonverbal communication through touch: Meanings for physical therapists working in a hospital environment. Aquichan, 2019;19(4):e1942. DOI: https://doi.org/10.5294/aqui.2019.19.4.2
Received: 21/03/2019
Accepted: 26/08/2019
Online: 05/12/2019
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