Instrumento cartões de qualidade da dor: adaptação cultural e evidências de validade em crianças
Palavras-chave:
Criança, dimensão da dor, estudos de validação, enfermagem pediátrica, ferida e lesõesResumo
Objetivo: avaliar a adaptação cultural e encontrar evidências de validade do Instrumento Cartões de Qualidade da Dor (ICQD). Materiais e método: estudo metodológico e de validação de testes que, para a adaptação e validação de conteúdo, realizou tradução, retrotradução, painel de especialistas, revisão por crianças em idade escolar e teste-piloto do ICQD. Além disso, analisou-se a validade de critério externo com 90 crianças em idade escolar hospitalizadas e com feridas. A pesquisa foi realizada entre janeiro e fevereiro de 2015. Resultados: o instrumento foi traduzido e retrotraduzido a espanhol e a português, respectivamente. Na avaliação do painel de especialistas, foi estabelecido um índice de validade de conteúdo 0,92. Na revisão realizada pelas crianças, efetuaram-se mudanças nos descritores de sete cartões segundo suas sugestões. O estudo-piloto mostrou que 17 cartões apresentaram clareza semântica para mais de 90 % das crianças. Quanto às evidências baseadas no critério externo, as variáveis diagnóstico médico, tipo de ferida, infecção da ferida e intensidade da dor mostraram resultados significativos (p < 0,05). Conclusão: o ICQD foi adaptado culturalmente e mostrou evidências de validade baseadas no conteúdo e no critério externo.Downloads
Referências
Groenewald CB, Rabbitts JA, Schroeder DR, Harrison TE. Prevalence of moderate – severe pain in hospitalized children.
Pediatr Anesth. 2012;22(6):661-8.
Kozlowski LJ, Kost-byerly S, Colantuoni E, Thompson CB, Vasquenza KJ, Rothman SK, et al. Pain prevalence, intensity,
assessment and management in a hospitalized pediatric population. Pain Manag Nurs. 2014;15(1):22-35.
Woo K, Sibbald G, Fogh K, Glynn C, Krasner D, Leaper D, et al. Assessment and management of persistent (chronic) and
total wound pain. Int Wound J. 2008;5(2):205-15. Recuperado de: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18494626
Gardner SE, Abbott LI, Fiala CA, Rakel BA. Factors associated with high pain intensity during wound care procedures: A
model. Wound Repair Regen. 2017;25(4):558-63.
Organización Mundial de la Salud (OMS). Directrices de la OMS sobre el tratamiento farmacológico del dolor persistente
en niños con enfermedades médicas. 2012 [visitado 2018 ene 08]. Disponible en: http://www.who.int/medicines/
areas/quality_safety/3PedPainGLs_coverspanish.pdf
Jonssona C, Holmstenb A, Dahlstrijm L, Jonssod K. Background pain in burn patients: Routine measurement and recording
of pain intensity in a burn unit. Burns. 1998;24:448-54.
Damasceno A, Almeida P, Barroso M. Dor em crianças vítimas de queimaduras - estudo epidemiológico. Online Brazilian
J Nurs. 2007;6(2).
Stinson JN, Kavanagh T, Yamada J, Gill N, Stevens BJ. Systematic review of the psychometric properties, interpretability
and feasibility of self-report pain intensity measures for use in clinical trials in children and adolescents. Pain.
;125:143-57.
Rossato LM, Magaldi F. Instrumentos multidimensionales aplicação dos cartões das qualidades da dor em crianças. Rev
Latinoam Enferm. 2006;14(5).
Gracely RH. Pain language and evaluation. Pain. 2016;157(7):1369-72.
Andrade L, Neves R. Pain as the 5th Vital Sign: Assessment and reassessment in a pediatric oncology unit. Rev Soc Bras
Enferm Ped. 2013;13(2):95-104.
Guedes DMB, Rossato LM, Sposito NPB, Lima D, Santos B, Meireles E. Avaliação da dor em crianças hospitalizadas. Rev
Soc Bras Enferm Ped. 2016;16(2):68-74.
Rossato LM, Ebner C, Nascimento L, Damião E, Rocha P, Guedes D, et al. Facilidades e dificuldades identificadas pelas
enfermeiras pediatras na aplicação dos “cartões de qualidade da dor”. Saúde em Rev. 2015;15(40):3-14.
Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Bosi M. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report
measures. Spine. 2000;25(24):3186-91.
Borsa JC, Damásio B, Bandeira D. Adaptação e Validação de instrumentos psicológicos entre culturas: algumas considerações.
Paidéia. 2012;22(53):423-32.
Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Bosi M. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASK
Outcome measures; 2007. p. 1-45.
Martins G. Sobre confiabilidade e validade. Rev Bras Gest Negocios. 2006;8(20):1-12.
Pasquali L. Validade dos testes psicológicos: será possível reencontrar o caminho? Psicol Teor e Pesqui. 2007;23(especial):
-107.
Hair JF, Black WC, Babin BJ, Anderson RE, Tatham RL. Análise Multivariada dos dados. 6a. ed. Pearson; 2009.
Alexandre NMC, Coluci MZO. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas.
Cien Saude Colet. 2011;16(7):3061-8.
Sim J, Wright CC. The Kappa Statistic in reliability studies: Use, interpretation, and sample size requirements. Phys
Ther. 2005;85(3):257-68.
Gjersing L, Caplehorn JRM, Clausen T. Cross-cultural adaptation of research instruments: Language, setting, time and
statistical considerations. BMC Med Res Methodol. 2010;10:13.
Ohrbach R, Bjorner J, Metric Q, Jezewski M, John MT, Lobbezoo F. Guidelines for establishing cultural equivalency of
instruments. New York: University of Bufalo; 2013.
Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed; 2010.
Siegler RS. Continuity and change in the field of cognitive development and in the perspectives of one cognitive developmentalist.
Child Dev Perspect. 2016;10(2):128-33.
Barrouillet P. Theories of cognitive development: From Piaget to today. Dev Rev. 2015;38:1-12.
Baliki MN, Apkarian AV. Nociception, pain, negative moods, and behavior selection. Neuron. 2015;87(3):474-91.
Jacob E, Mack AK, Savedra M, Cleve L Van, Wilkie DJ. Adolescent pediatric pain tool for multidimensional measurement
of pain in children and adolescents. Pain Manag Nurs. 2014;15(3):694-706.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Esta revista e os seus artigos estão publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). Você tem o direito de compartilhar, copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Para que isto ocorra: você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas; você não pode usar o material para fins comerciais; e, se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.